Artigo - efeito do Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) com o Treinamento Contínuo de Intensidade Moderada (MICT) na pressão arterial de adultos com pré-hipertensão e hipertensão estabe
- Fábrica De Treino
- 6 de out.
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• Artigo: Effects of High-Intensity Interval Training versus Moderate-Intensity Continuous Training on Blood Pressure in Adults with Pre- to Established Hypertension: A Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Trials – Eduardo Caldas Costa et al., Sports Medicine, 2018
• Tipo: Revisão sistemática e meta-análise que comparou o efeito do Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) com o Treinamento Contínuo de Intensidade Moderada (MICT) na pressão arterial de adultos com pré-hipertensão e hipertensão estabelecida
• Contexto– A hipertensão arterial afeta cerca de 40% da população adulta e é uma das principais causas de morte cardiovascular no mundo– O exercício físico é uma terapia não farmacológica essencial no controle da pressão arterial– As diretrizes clínicas recomendam o exercício contínuo moderado, mas o HIIT tem se mostrado promissor em outras doenças cardiovasculares– O estudo buscou verificar se o HIIT pode ser mais eficaz do que o MICT na redução da pressão arterial e na melhora do condicionamento cardiorrespiratório
• Metodologia– Revisão e meta-análise registrada no PROSPERO (CRD42016041885)– Pesquisas nas bases MEDLINE, EMBASE, CENTRAL, PEDro e SPORTDiscus– Inclusos 9 ensaios clínicos randomizados (245 participantes) com duração mínima de 4 semanas– Comparação direta entre HIIT (80–100% da FCmáx) e MICT (64–76% da FCmáx)– População: adultos com pré-hipertensão ou hipertensão sob tratamento medicamentoso– Variáveis analisadas: pressão arterial de repouso, pressão ambulatorial, VO₂máx, adesão, frequência às sessões e eventos adversos
• Resultados Principais– Pressão arterial de repouso: reduções semelhantes entre HIIT e MICT– HIIT: –6,3 mmHg (sistólica) e –3,8 mmHg (diastólica)– MICT: –5,8 mmHg (sistólica) e –3,5 mmHg (diastólica)– Diferenças não significativas entre os métodos– VO₂máx: o HIIT promoveu ganhos superiores em capacidade cardiorrespiratória (+2,13 ml/kg/min)– Frequência e adesão: semelhantes entre os grupos (HIIT 82,7% vs MICT 81,8% de conclusão; presença >85%)– Eventos adversos: poucos e leves (principalmente lesões musculoesqueléticas isoladas)– A redução de 5 mmHg na PA sistólica está associada a queda de 14% no risco de AVC e 9% na mortalidade por doença coronariana
• Discussão– Ambos os métodos são eficazes para reduzir a pressão arterial em curto prazo (4–16 semanas)– O HIIT é mais eficiente para melhorar o VO₂máx, fator que reduz significativamente o risco cardiovascular e mortalidade geral– A aderência é alta quando supervisionado, mas ainda faltam estudos sobre a segurança e eficácia do HIIT em ambientes não supervisionados– Estudos incluídos apresentaram boa qualidade metodológica, mas com amostras pequenas e poucas análises de pressão ambulatorial
• Conclusões– HIIT e MICT promovem reduções semelhantes na pressão arterial em adultos com pré-hipertensão ou hipertensão– O HIIT gera maiores ganhos em aptidão cardiorrespiratória, sem comprometer adesão ou segurança– Reduções observadas na pressão arterial são clinicamente relevantes para prevenção de AVC, doenças cardíacas e mortalidade– Novos estudos devem avaliar o impacto do HIIT em longo prazo e em diferentes contextos populacionais
• – Primeira meta-análise comparando HIIT e MICT em hipertensos– Contribui para atualização das diretrizes de prescrição de exercício, mostrando que o HIIT pode ser uma estratégia segura, eficiente e tempo-otimizada no controle da hipertensão arterial

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